terça-feira, 17 de maio de 2016

Comunicado MCATA: As falsas touradas de beneficência da Tertúlia Tauromáquica




As falsas touradas de beneficência da Tertúlia Tauromáquica

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) considera que caiu a máscara à falsa tourada de beneficência organizada, primeiro, pretensamente em beneficio da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e, agora, em benefício do Hospital de Angra do Heroísmo, nomeadamente do seu Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular.

Alguém pode acreditar que uma iniciativa de angariação de fundos possa ser realizada mesmo com a rejeição da própria entidade beneficiária, que repudia e condena claramente essa iniciativa? Alguém acredita que a tourada foi realmente organizada pela LPCC quando agora a mesma tourada passa a ser realizada com um beneficiário diferente?

O MCATA não tem dúvidas de que o autêntico organizador da tourada foi sempre a Tertúlia Tauromáquica Terceirense, que tentou instrumentalizar a LPCC e utilizar a etiqueta da beneficência com a única finalidade de garantir a sua tourada. Depois do firme repúdio da LPCC, é a mesma Tertúlia a que tenta agora abertamente instrumentalizar o hospital de Angra como forma de lavar a imagem a uma actividade sangrenta.

Já no dia 9 de Maio de 2015 a Tertúlia realizou uma falsa tourada de beneficência na qual o beneficiário era a própria Tertúlia e o seu grupo de forcados. É a chamada auto-beneficência! Este ano as aspirações foram maiores e tentaram envolver uma entidade nacional como a LPCC, vendo no entanto goradas as suas expectativas.

O MCATA considera que é uma gravíssima afronta a todos os açorianos que um hospital do Serviço Regional de Saúde e, por extensão, o Governo Regional dos Açores e a própria Região, sejam agora coniventes com a realização desta sangrenta tourada. Considera também que o Serviço Regional de Saúde, pertencente a todos os açorianos, deveria estar livre da instrumentalização que pretende fazer dele a indústria tauromáquica terceirense.

É sempre possível a angariação de fundos para qualquer instituição através de práticas pacíficas e consensuais, que não envolvem sofrimento nem maltrato de animais. Associar a prática da tortura animal a fins e propósitos nobres de beneficência é, nos dias de hoje, um grave insulto à inteligência e sensibilidade das pessoas.

Assim, o MCATA pede ao Secretário Regional da Saúde e ao Presidente do Governo Regional que repudiem, como já fez a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a realização desta tourada, e não permitam que a Região Autónoma dos Açores, ou um qualquer dos seus serviços públicos, figure como promotora de um espectáculo de tortura animal.


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
17/05/2016




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